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Estudantes vão às ruas na segunda (12), em Fortaleza, exigir recomposição de verbas das universidades federais

(Fotos: Nah Jereissati/ADUFC-Sindicato)

A ADUFC-Sindicato se somará ao Ato Unificado da Educação, na próxima segunda-feira (12), em Fortaleza, para cobrar a recomposição do orçamento das universidades e institutos federais e o pagamento de bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A manifestação foi decidida em plenária conjunta, na quinta-feira (8), no Bosque de Letras da UFC, com a presença de centenas de estudantes, além de professores e servidores técnicos. A passeata vai rumar para a Praça da Bandeira (Centro), com dois pontos de partida: o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), às 9h, e o Centro de Humanidades I da UFC, às 9h30. As caravanas se encontram no meio do caminho e se juntam até o destino final.

Estudantes vão às ruas para continuar denunciando, nas vésperas do encerramento do governo Bolsonaro, os ataques à Educação, que incluem um bloqueio de R$ 344 milhões nas contas das universidades federais e a tentativa de calote nos bolsistas. Após anunciar na terça-feira (6) a falta de dinheiro para arcar com as despesas de dezembro, a CAPES, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), informou ontem (8) que conseguiu o desbloqueio de R$ 210 milhões do seu orçamento. O órgão garantiu que o valor será usado para o pagamento, na próxima terça-feira (13), de todas as bolsas da fundação, incluindo as de pós-graduação e de incentivo à docência.

As respostas vieram após a manifestação do ministro Dias Toffoli (STF), que deu um prazo de 72 horas para o governo federal explicar por que reteve os pagamentos dos bolsistas. O ministro da Educação, Victor Godoy, também anunciou a liberação de R$ 460 milhões para despesas da pasta. No entanto, o valor é apenas um terço do total de R$ 1,36 bilhão bloqueado do MEC no fim de novembro. Mais cedo, a CAPES já havia divulgado ter recebido R$ 50 milhões, que cobririam apenas as 100 mil bolsas dos programas Pibid, Residência Pedagógica, Parfor, Proeb e UAB. “Só iremos sossegar quando o valor (prometido pela CAPES) for efetivamente pago aos bolsistas”, destacou o Prof. Bruno Rocha, presidente da ADUFC. 

A postura de retirar dinheiro da Educação e da Ciência e Tecnologia e depois recuar após pressão social é uma prática recorrente do governo Bolsonaro. “Já virou uma rotina: nos quatro anos de governo Bolsonaro, ele faz o ensaio de retirar dinheiro da educação para ver qual é a resposta da sociedade. E a resposta é essa: de repúdio a essas tentativas. E depois, paulatinamente, reverte esses recursos fingindo resolver um problema que não existia”, destacou Bruno Rocha, ao lembrar que o governo Bolsonaro é inimigo da educação. A diretora de EaD da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Wennyta Pinheiro, reforçou: “A gente está vendo que nossa pressão tem surtido efeito”. 

Para grande parte dos alunos, as bolsas são a única fonte de renda e impactam também o planejamento familiar. “Muitos estudantes estão preocupados porque não sabem como vão pagar as contas desse mês e muitos são do interior. Já temos as preocupações normais de final de semestre e agora temos mais um problema”, destacou a presidenta regional da União Nacional dos Estudantes (UNE), Amanda Bernardo. “A gente sabe o quanto essas bolsas têm uma importância na nossa vida, para estudar, para se alimentar… E nós sempre demos uma grande resposta aos ataques desse governo e fomos para as ruas”, acrescentou Yara Pacheco, presidenta da União Estadual dos Estudantes (UEE). 

Integrante da Associação de Pós-Graduandos (APG) da UFC, Mariana Lacerda lembrou que situações como essa reforçam a urgência de mobilização permanente dos estudantes dos programas de pós-graduação e chamou os colegas a se envolverem nas lutas estudantis. Representando a comissão gestora do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFC), Dandara Cavalcante elogiou a construção coletiva da plenária, que reuniu entidades estudantis e representação de docentes (ADUFC) e de servidores técnico-administrativos (SINTUFCE). Ela lembrou que, em 2023, a resistência permanece na UFC, pois a gestão da reitoria interventora continua por mais alguns meses. “O movimento estudantil está vigilante e combativo”, avisou.

Seção sindical dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará

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