A Diretoria da ADUFC-Sindicato vem a público repudiar, de forma veemente, mais uma consequência desastrosa das ações irresponsáveis do governo de Jair Bolsonaro. Desta vez, praticamente no apagar das luzes de sua gestão, o chefe do Executivo federal faz com que o Ministério da Educação (MEC) avance em colapso. A condução vergonhosa – e criminosa – do governo acaba de impactar mais de 200 mil bolsistas da maior agência de fomento do país e atinge, ainda, o sistema de saúde. Além de injusto, é inaceitável que cerca de 14 mil estudantes e médicos residentes de hospitais federais do país paguem a conta dos desmandos do desgoverno Bolsonaro.
Ao tempo em que o governo federal alega estar sem verbas para honrar compromissos, o ataque deliberado ao ensino público superior resvala agora na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Não bastassem os cortes sistemáticos no orçamento das universidades, que as impedem de cumprir seus contratos e até o pagamento de servidores terceirizados, o descaso total com nossas instituições fica evidente: milhares de bolsistas e residentes médicos que são mantidos por bolsas através da CAPES estão impedidos de acessá-las. Isso às vésperas do fim do ano.
Nesse caso, o que está em jogo é o comprometimento com a formação de recursos humanos em pós-graduação, sob a responsabilidade da maior agência nacional de fomento. Dentro e fora do Brasil, estão prejudicados estudantes/pesquisadores que vêm se dedicando a fazer uma ciência de ponta em nome do país. O desrespeito chega ao seu nível máximo inclusive alcançando o exterior, onde há cientistas brasileiros que poderão passar por necessidades financeiras por conta da incompetência de um governo que não respeitou a responsabilidade fiscal e nem os compromissos que tinha de assumir até o fim do mandato que se avizinha.
Ao longo desta semana, universidades federais por todo o país já vêm anunciando que não conseguirão arcar com as despesas de dezembro. Seguem ameaçados também contratos de alimentação, segurança, limpeza e transporte. Nossas universidades já estimam quase R$ 245 milhões em bloqueios, as contas dos institutos federais vêm sendo zeradas, várias instituições começam a interromper o pagamento de fornecedores e auxílio estudantil.
Bolsonaro declarou uma guerra contra a educação desde o início de sua gestão – quando a ADUFC também começou a denunciar esses ataques. A falta de compromisso com o ensino e com a pesquisa saltam a cada novo movimento de um desgoverno que segue destrutivo até seus últimos suspiros. Derrotamos o Bolsonaro nas urnas. É hora, agora, de derrotar o bloqueio do orçamento da Educação nas ruas!
TIRA A MÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA!
Fortaleza, 7 de dezembro de 2022
Diretoria da ADUFC-Sindicato
Gestão Resistir e Avançar (Biênio 2021-2023)