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PESQUISA/OPP – Observatório de Políticas Públicas da UFC avalia condição de vida de alunos e suas famílias durante pandemia

Avaliar como estão os/as alunos/as da Universidade Federal do Ceará (UFC) e seus familiares em meio à pandemia da Covid-19, identificar se eles/as têm sido contemplados/as com as recentes medidas governamentais adotadas e mensurar seus resultados. Com estes objetivos, o Observatório de Políticas Públicas (OPP) da UFC divulgou, no último dia 11 de junho, uma pesquisa junto à comunidade discente. O OPP é integrado à Pós-Graduação em Avaliação de Políticas Públicas, o que reforça o caráter acadêmico da pesquisa.

A consulta deu conta de temas como composição demográfica, condição acadêmica e local de residência dos discentes; estrutura familiar e condição econômica; fatores de risco dos estudantes e de suas famílias; consequências da Covid-19 nas condições de emprego e renda e do acesso às políticas de auxílio emergencial, entre outros. Frente à pandemia que assola o mundo inteiro e põe em evidência o Brasil e também o Ceará, o OPP considera que “este momento é emergencial não somente em relação à saúde, mas também quanto às próprias condições de sobrevivência, financeira e material das pessoas e suas famílias”.

Ainda como aponta o relatório de 54 páginas divulgado pelo Observatório, a ideia foi evidenciar como estão os alunos da UFC e seus familiares no contexto de enfrentamento à Covid-19. O trabalho também tenta contribuir para uma análise situacional das famílias dos estudantes que mais dependem e necessitam das políticas públicas e, com isto, possibilite também outras iniciativas ou aperfeiçoamento daquelas já implementadas. A pesquisa atende à própria missão e aos objetivos do OPP, de acompanhar e avaliar as políticas governamentais visando contribuir para o controle social e, por extensão, para a garantia de direitos e a concepção de políticas de redução das desigualdades sociais e a melhoria das condições de vida da população.

Fortaleza e interior: pesquisa abrange todos os campi

A consulta foi direcionada ao corpo discente da UFC, compreendendo todos os campi da capital e interior, e realizada de forma online por adesão voluntária, a partir da ferramenta Google Forms. Para tanto, foi elaborado um formulário com questões objetivas e subjetivas, que ficou disponibilizado para preenchimento durante 10 dias (entre 26 de abril a 6 de maio). Os responsáveis pelo estudo, comandando pelo coordenador do OPP, Prof. Fernando Pires, consideraram que a adesão à consulta foi ampla, com a participação de 1.044 discentes, o que representa 3,5% do total de alunos da UFC, sendo 877 (84%) de Fortaleza e 167 (16%) do interior do estado.

Manifesto da ADUFC é citado no relatório

Os pesquisadores também identificaram 21% dos discentes não se encontram em condições necessárias e adequadas para participar de atividades acadêmicas remotas, o que corresponderia a cerca de 6.500 estudantes prejudicados. O estudo também cita o manifesto lançado pela ADUFC no último dia 5 de junho, “fundamentado em várias pesquisas desenvolvidas na instituição, inclusive pelo Diretório Central do Estudante (DCE)”. O OPP sinaliza que o manifesto tece críticas sobre a Proposta Pedagógica Emergencial (PPE) apresentada pela PROGRAD e enxerga como “emblemático” um dos trechos do documento: “A PPE é mais um retrato do voluntarismo e do improviso a que estamos submetidos na UFC em meio à pandemia. O objetivo maior da reitoria tem sido, em toda a gestão da crise, forjar uma normalidade inexistente e maquiar problemas e dificuldades, para não se comprometer com soluções reais e satisfatórias”.

O OPP, em seu estudo, destacou também os problemas de depressão devido à pandemia e que têm atingido 23% dos discentes, segundo pesquisa da própria PRAE. O percentual representa quase um quarto dos entrevistados. Na avaliação dos pesquisadores do OPP,  “o mais intrigante consiste em verificar que esta limitação não parece ser importante para as instâncias superiores da UFC, em particular PRAE e PROGRAD, ao passar ao largo de qualquer consideração a respeito, frente ao imperativo de realização de aulas e outras atividades remotas pelos estudantes e professores”.

O coordenador do Observatório, Prof. Fernando Pires, foi o responsável pela elaboração e análise da pesquisa, junto com três bolsistas do OPP: Ana Larissa Cândido, Cibele Mayra Viana, Francisco das Chagas Martins. A equipe contou ainda com o apoio de George Assunção (bolsista voluntário); e Joaquim Liberato (colaborador).

(*) Para acessar a publicação completa com os resultados da pesquisa, CLIQUE AQUI.

Seção sindical dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará

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