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AÇÕES DO #18M – ADUFC discute paralisação da educação no programa Rádio Debate da Universitária FM

Políticas governamentais que vêm reduzindo drasticamente os investimentos e afetando de forma direta os serviços públicos. Por consequência, fragilizam-se os direitos trabalhistas destes servidores. Estas e outras pautas estão no centro das razões para a mobilização desta quarta-feira, 18 de março de 2020 – Dia Nacional de Paralisação em Defesa dos Serviços Públicos, da Educação e da Saúde (18M). Como parte das ações de diálogo com a sociedade e divulgação das lutas do serviço público, em especial da educação, a ADUFC participou do programa Rádio Debate, da Universitária FM, nesta segunda-feira (16/3).

Por questões de segurança sanitária em função do alastramento da Covid-19 (doença provocada pelo coronavírus), e como já havia sido esclarecido em nota pela ADUFC, o Dia Nacional de Paralisação em Defesa dos Serviços Públicos, da Educação e da Saúde (18M) migrou dos grandes atos de rua previstos para a data para as plataformas digitais.

Para discutir a temática no programa, o professor André Ferreira, do Departamento de Teoria Econômica da UFC, representou a diretoria da ADUFC. Ele teve a companhia da presidente do Sindifisco – Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal, pela Delegacia Sindical no Ceará, Patrícia Gomes; e da presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais no Ceará e do Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS), Ravenna Guimarães.

Os entrevistados representaram, na ocasião, três das mais de 40 entidades que compõem o Fórum Permanente em Defesa dos Serviços Públicos. Em suas falas, eles reiteraram que esses serviços têm previsão constitucional e trazem uma série de garantias e segurança para a população. E que a iniciativa privada, a terceirização ou a privatização desses serviços prejudica diretamente os cidadãos. A paralisação do 18M é, em si, uma manifestação pelo reconhecimento da importância do serviço público e um protesto contra os ataques desferidos pelo governo Bolsonaro contra os sistemas públicos de saúde, educação e assistência social.

Foto: Carolina do Areal/Universitária FM

Durante o programa, André Ferreira também alertou para o argumento do governo de que o estado não tem dinheiro e estaria quebrado, “quando as evidências demonstram algo muito diferente disso”. O professor citou a Medida Provisória (MP) 795/2017, que concede benefícios fiscais a empresas petrolíferas e cujo impacto admitido pelo governo foi da ordem de R$ 80 bilhões. “Sabe quanto custam as universidades públicas federais com todos os seus gastos de custeio, investimentos, pesquisas, salários de professores, bolsas de alunos e tudo mais? São 49 bilhões de reais”, comparou André.

O professor acrescentou uma preocupação que contempla vários setores do serviço público. Segundo ele, o Brasil está deixando de investir em segmentos sociais que poderiam inclusive dar uma resposta melhor à atual crise mundial econômica e de saúde. “O estado está deixando de investir em segmentos que tanto produzem inovações quanto cuidam da população, e logo num momento de crise. Deixa de fazer os investimentos sociais e canaliza recursos pra outros segmentos”, alertou. André Ferreira pontuou, ainda, que a Auditoria Cidadã da Dívida Pública tem denunciado que o governo hoje paga juros para os bancos deixarem o dinheiro em caixa: “Isso é a política monetária que vem sendo feita no país. Os bancos estão tendo lucro recorde”. 

Ataques unificam pautas

O movimento nacional de protesto reivindica que a PEC Emergencial, a reforma administrativa, a PEC dos Fundos Públicos e a PEC do pacto federativo sejam retiradas da pauta do Congresso e que os orçamentos da saúde, da educação e da pesquisa sejam imediatamente recompostos. “O debate que a gente traça é em cima da valorização dos serviços públicos, porque é importante valorizar e fortalecer esses serviços para os cidadãos”, lembrou a presidente do Sindifisco, Patrícia Gomes. Ela chamou a atenção também para a PEC 186, conhecida como PEC Emergencial, de contenção dos gastos públicos e que comprometem, na prática, 25% dos serviços pra população: “O estado brasileiro já é mínimo, não tem o que se minimizar. A gente tem de lutar é pra ampliar esses serviços, e não pra reduzir”.

(*) Ouça esta edição do programa Rádio Debate na íntegra, acessando a conta da ADUFC no Soundcloud.

Você pode ouvir este debate ainda por agregadores de podcasts, via Spotify, Deezer ou Apple.

Seção sindical dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará

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