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ASTROFÍSICO DEFENDE QUE BRASIL DEVE VOLTAR A PARTICIPAR DO OBSERVATÓRIO EUROPEU DO SUL

O Astrofísico, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), professor Gustavo Rojas, esteve em Fortaleza nesta quinta-feira (28), a convite da Adufc-Sindicato, para proferir palestra sobre “O Brasil na Era dos Grandes Telescópios”. 

O evento aconteceu às 19h, na sede da entidade e contou com a participação de estudantes, professores, representantes de clubes de astronomia e demais interessados pelo tema. 

O presidente da Adufc-Sindicato, professor Enio Pontes, abriu o evento, saudou o palestrante e destacou a importância da entidade apoiar inciativas desta natureza: 

“Nós somos um Sindicato de docentes de nível superior e grande parte desenvolve pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento. Uma palestra como essa nos enriquece pelo nível de informações trazidas”. 

O sindicalista pontuou que a palestra faz parte das comemorações que a Adufc-Sindicato desenvolve em parceira com a Prefeitura Municipal de Sobral, a Seara da Ciência e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), para marcar os 100 anos do experimento realizado em Sobral, que comprovou a Teoria da Relatividade, proposta pelo Físico alemão Albert Einstein.   

Prof.Ilde Guedes, pres. Seara da Ciência, Prof. Demerval Carneiro, Diretor do Planetário Rubens de Azevedo,
Prof. Enio Pontes, pres. Adufc e o Astrofísico Gustavo Rojas

O convidado, professor Gustavo Rojas, iniciou a apresentação explicando os fundamentos da Astronomia, desde os primórdios até os dias atuais, e destacou a participação do Brasil em três grandes projetos mundiais do setor. 

O astrofísico informou que o Brasil participa com investimentos e pesquisas em três grandes equipamentos: O Telescópio Gigante de Magalhães (Giant Magellan Telescope), equipamento que está em construção no Chile, com previsão de início da primeira fase das operações em 2022. O telescópio recebeu recursos de U$ 40 milhões do governo brasileiro. O valor total do equipamento é de U$ 1 Bilhão. 

Um grupo de pesquisadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), terá direito a utilizar 4% do tempo total do Telescópio por ano. Esse tempo corresponde ao valor do investimento feito pelo Brasil. O GMT terá o desafio de buscar atividade biológica (vida em outros planetas). 

Outro equipamento com a participação dos astrônomos brasileiros é o Cherenkov Telescope Array (CTA), que também se encontra em fase de implantação. Serão instalados em dois lugares estratégicos. O primeiro, previsto para operar em 2020, funcionará no deserto do Atacama, no Chile.  O outro Telescópio será instalado nas Ilhas Canárias. O Cherenkov Telescope Array (CTA) tem a finalidade de estudar a Física de Altíssima energia, como os Raios Gama. O CTA é ideal para realizar observações dos fenômenos mais energéticos do Universo, como os Buracos Negros e as Estrelas de Nêutrons.

Mas, para o astrofísico Gustavo Rojas, a participação mais relevante do país é no Observatório Europeu do Sul (ESO). O ESO é uma associação de 14 países que há 50 anos opera no Chile – uma das principais instalações do observatório é o “Very Large Telescope”, tido como o instrumento óptico mais avançado do mundo.

O Consórcio também opera o maior radiotelescópio do mundo, o Alma, inaugurado em 2013 num platô nos Andes.

O Brasil assinou em 2011 a sua adesão ao Consórcio Internacional que administra o conglomerado de telescópios e laboratórios destinados à pesquisa astronômica do ESO.  

De acordo com Rojas, pelo acordo, o Brasil teria que desembolsar R$ 1 Bilhão para ter acesso ao complexo de observatórios. “Os cientistas brasileiros tiveram acesso a todos os observatórios do ESO durante sete anos, mas, infelizmente, no início deste ano, o ESO decidiu suspender a participação brasileira”, lamentou.

Rojas avalia, porém, que a situação poderá ser resolvida em breve, sobretudo se houver uma melhora nos indicadores econômicos: “Quando o Brasil aderiu ao ESO a economia do Brasil vivia um outro momento. Mas acredito que isso pode ser resolvido. O ESO está disposto a renegociar os valores e possibilitar que os pesquisadores brasileiros possam voltar a ter acesso aos equipamentos”, finalizou.

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